sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nápoles

Nápoles...caótica,mas que vale a pena ser vista.


Com o guia e o mapa em mãos, decidimos percorrer o trecho do centro histórico entre a Via Duomo e a Via Toledo – mais especificamente a região conhecida como Spaccanapoli e seus arredores, onde ficam alguns dos mais belos edifícios históricos da cidade, além de diversas igrejas. O bairro é classificado como patrimônio da humanidade pela UNESCO.
Começamos a visita pela Praça Município, com esplêndida vista para o porto Beverello. Olhando para a cidade, vimos à nossa frente o Município, neoclássico, que tem incorporado num dos lados S. Giacomo degli Spagnoli (São Tiago dos Espanhóis, 1540), com belos monumentos tumulares.


...O imponente Castelo Nuovo (ou Maschio Angioino) com potentes torreões cilíndricos, paredes escuras de pedra vulcânicas e rodeado de fossos. A construção do Castelo Nuovo foi ordenada pelo rei Carlos d’Anjou, em 1279 , e levou apenas três anos para ser concluída – recorde naquela época .




...Galeria Umberto I, construída em 1887, com uma gigantesca cúpula de ferro e vidro que permite uma iluminação natural durante o dia. É nela que os napolitanos se reúnem para tomar um café ou uma taça de sorvete.



Visitamos o Museu Arqueológico Nacional, que possui um acervo impressionante de antiguidades gregas e romanas - estátuas, mosaicos, bronzes, alfaias preciosas e vasos – muitos retirados de Pompeia e Herculano.
As salas dos mosaicos de Pompeia e Herculano são estonteantes, nunca vimos nada igual. Formada por minúsculas pedrinhas, algumas das figuras dos painéis exibem até as expressões das pessoas. A visita já teria valido a pena só por essas salas. Uma outra sala curiosa foi a Gabinete Secreto, onde menores de quatorze anos não entram: essa ala do museu reúne um acervo de peças de cunho erótico encontradas em Pompeia. As peças não representam nada de chocante para a maioria dos adultos, algumas simplesmente parecem grotescas e engraçadas, mas devem ser compreendidas em seu contexto histórico. O Museu pedia muito mais do que as duas ou três horas de que dispúnhamos para visitá-lo, o ideal seria “perder-se na historia” por um dia inteiro. Mas não tínhamos esse tempo, ainda seria preciso andar muito.
Seguimos em direção à catedral – Duomo; a intenção era ver as relíquias de San Gennaro, mártir do século 4, padroeiro e protetor de Nápoles. A capela tem um frasco com o sangue do Santo, mas, infelizmente estava sendo restaurada e não foi possível visitá-la.
Caminhar por Nápoles foi uma loucura, o trânsito é caótico, os faróis não são respeitados, pedestres atravessam na frente dos carros e para piorar, muita, mas muitas lambretas e motos, que vão “costurando” todo mundo, muito grito e buzinas – foi preciso ficar bastante atento para não ser atropelado. Sobrevivemos ao trânsito. Foram praticamente dez horas caminhando, explorando ao máximo a cidade.

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