sábado, 12 de setembro de 2009

Na Suécia o destino foi Estocolmo






Estocolmo está estrategicamente localizada sobre 14 ilhas no centro-sul da costa leste da Suécia, no lago Mälaren . Em seus 750 anos de história, produziu belíssimos edifícios, como o Palácio Real e o Drottningholm – símbolos do apogeu do poder da Suécia na Europa,entre os séculos 17 e 18. Estocolmo é também considerada a cidade com mais museus por habitante do planeta (são 70 deles).



Decidimos começar a explorar a cidade pelo centro antigo - Gamla Stan (Cidade Antiga) –, formado por três ilhotas. A cidade é um emaranhado de ruas estreitas, com prédios do século 17, pintados com cores alegres; monumentos, fontes antigas e todo um conjunto arquitetônico capaz de nos tirar o fôlego e nos deixar apaixonados por ela. O programa ali era se perder por aquelas ruas, conhecendo cada construção em detalhes e sentar num café para tomar um chocolate quente.






Na cidade Antiga está também o imponente Kungliga Slottet, residência oficial da família real. Com um bilhete geral é possível visitar os dormitórios reais, o tesouro, uma exposição de estátuas e um museu que conta a história do castelo. No palácio está o esplêndido trono de prata usado na coroação da rainha Cristina, que governou a Suécia entre 1633 e1654. Mais interessante e de graça é a troca de guarda, um ritual muito interessante.



Ainda passamos pela prefeitura – Stadshuset – que concluída em 1923, tornou-se um símbolo de Estocolmo. O edifício abriga a Câmara Municipal e é palco de eventos, como a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel, realizada todos aos anos no Salão Azul.
Caminhar por Estocolmo é cruzar uma sucessão infindável de pontes e canais, cada canto mais fascinante que o outro. Pensamos: dois dias ali seria muito pouco, é uma cidade fascinante, sem dúvida um dos pontos altos da nossa viagem.
O dia, apesar da chuva que caiu com insistência, foi perfeito. Voltamos para o hotel pela Rua Drottninggatan, caminhando devagar e observando o vai e vem das pessoas.





O dia seguinte...
O dia precisava começar cedo, e planejá-lo seria fundamental. Combinamos com nossos amigos iniciar pela visita à Ilha Djurgarden. Conhecida como Ilha Verde, ela abriga o primeiro parque nacional urbano do mundo. Antigo território de caça real, a região tornou-se, a partir do século 18, a zona de lazer mais popular da cidade. Além de uma extensa área verde, Djurgarden tem grandes atrações, como o Skansen, museu ao ar livre, onde estão reconstituídos vilarejos dos séculos XVIII ao XX; o Museu Vasa e o Museu Nórdico.
Começamos pelo Museu Nórdico (Nordiska Museet). O museu possui em seu acervo peças que retratam a vida cotidiana na Suécia, a partir de 1520. Entre os objetos expostos, há roupas, jóias, móveis, casa de bonecas e réplicas de antigos aposentos, como um dormitório do século 17. Uma enorme estátua do Rei Gustavo Vasa (1924), criada por Carl Milles, de carvalho trabalhado em ouro, chama a atenção.


Dali caminhamos para o Museu Vasa, o mais visitado da Escandinávia. No caminho não deixamos de perceber o movimento de pessoas em um daqueles carrinhos de lanche, típico do local - uma linguiça enorme, enfiada em um pão pequeno – paramos para experimentá-lo, uma delícia!
O Museu Vasa deve ser o único museu do mundo construído para abrigar somente uma obra. É nele que está impecavelmente conservado, o navio de guerra Vasa, que foi retirado do fundo do mar 333 anos após ter afundado em sua viagem inaugural, em 1628. É o único navio de guerra do século XVII existente no mundo.
O Vasa foi construído por ordem do Rei Gustavo II Adolfo, o Leão do Norte, por isso nada mais natural que a figura da proa seja um leão – esse ornamento mede 4m e pesa aproximadamente 450kg. Dá para ver o navio em detalhes por fora e acompanhar a reconstituição das cores originais utilizadas na sua pintura.
No interior desse museu são apresentadas nove exposições relacionadas com o navio – objetos intactos de seus tripulantes, moedas, ferramentas, esculturas e impressionantes reconstituições computadorizadas da aparência daquelas pessoas que estavam a bordo no dia do naufrágio. Realmente impressiona – o navio, por si só, já é motivo mais do que suficiente para visitar Estocolmo. Um belo museu.


Eu fiquei tão abobalhada que perdi nossos amigos ali. Ao sairmos do museu não sabíamos para onde eles haviam se dirigido. Resolvemos então seguir sem eles; foi aí que encontramos um casal de brasileiros que estavam visitando as ilhas de barco, e nos deram algumas dicas: como comprar um bilhete para o dia todo e ficar pulando de ilha em ilha. Achamos interessante a sugestão; pois a chuva que castigara o dia anterior tinha ido embora e o sol estava maravilhoso, perfeito para saídas de barco. Fizemos o passeio sem nos preocupar em parar em alguma ilha específica. Do barco avistamos um elevador com uma estrutura metálica que nos lembrou o elevador Lacerda, em Salvador. Paramos para conhecê-lo. O elevador dava acesso ao Bairro Slussen; no final da subida chegamos a uma passarela metálica, de onde se tinha uma vista impressionante. De lá dava para ver a cidade velha, o frenético movimento de carros e ônibus pela pista que leva ao norte da cidade, e o incessante movimento de navios e barcos. Valeu a pena a caminhada pelo bairro.



Paramos para descansar no Hermans Tradgardscafe indicado pelo nosso amigo finlandês, um lugar fantástico. Tomamos uma cerveja e apreciamos a vista da cidade de lá. Indescritível!
Voltamos para o porto, pegamos o barco. Mais uma ilha à frente, e lá estava o Museu Nacional (Nationalmuseum), segundo o guia com várias pinturas interessantes, incluindo Rembrandt, Renoir, Gauguin e esculturas de Rodin. Mais uma ponte e mais uma ilha à frente, mais um museu: o Moderna Museet. Com uma vasta exposição de arte moderna.


O programa era retornar à cidade velha e apreciá-la mais, agora com sol. Descobrimos um simpático largo, com pequenos restaurantes em volta e convidativos bancos de praça no centro. Ali também estava localizado o Museu Nobel e a instituição – Svenska Akademien – encarregada, desde 1901, de escolher o prêmio Nobel de literatura.
De lá, já começo da noite, saímos à procura do Restaurante Leijontornet, indicado pelo guia (visual da Folha), situado numa adega medieval.
Nada mais romântico do que um jantar à luz de velas numa autêntica e aconchegante adega medieval. Afinal, nós merecíamos, e não é sempre que se vai para Estocolmo. Fomos atendidos por um sueco alto, careca, lindo e de olhos azuis que, de uma maneira muito gentil, nos ajudou na escolha do prato. Terminamos o dia com chave de ouro. A conta? Valeu cada coroa deixada ali.



E para completar Estocolmo estava florida,estavamos na primavera


Nosso próximo destino: Noruega

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